Somos frugais

Estava lendo as páginas amarelas de Veja (25/08/2010), a entrevista com Carlos Brito, carioca, Presidente da AB InBev, maior cervejaria do Planeta, além de todas aquelas informações já manjadas sobre o negócio, como aconteceu a compra li um comentário muito interessante que reproduzo aqui: 


Veja: Faz sentido um alto executivo de uma empresa que vale hoje 86 bilhões de dólares ir para o trabalho de trem como o senhor faz?


CB: É prático. O escritório de Nova York fica ao lado da estação. No total, da mesa de minha casa até a minha mesa na AB, levo setenta minutos. É por pragmatismo também, porque pode chover, fazer sol, cair neve... nada muda no horário do trem.


Veja: Por que não ir de helicóptero, como vários executivos de sua estatura fazem? Assim o senhor não ganharia um tempo precioso para a sua empresa? 
CB: Helicóptero? Não. Conheço gente que vai de helicóptero. São pessoas dos bancos de investimentos, claro. Não é nosso estilo.


Veja: O estilo é importante?
CB: Somos frugais. No nosso escritório não tem goteira, nem tapete rasgado, mas também não tem mármore, nem quadro do Monet. 


Na mesma hora pensei em algumas empresas da Indústria de Call Center. E de alguns executivos dessas empresas. Não são nada frugais. É uma questão de estilo.