sábado, 22 de junho de 2013

Mitos x realidades

Você deve conhecer alguém que tem gato de água ou “gato” de luz em casa. Também deve conhecer alguém que já deu propina para policial liberar seu carro em uma “blitz”. Provavelmente, assim como eu, também deve conhecer alguém que evita pagar impostos ou que dá um jeitinho para ganhar um lugar na fila do banco de forma desonesta. E para encerrar a lista de exemplos, também deve conhecer pessoas que preferem o salário mínimo para trabalhar em um lugar que detestam do que assumir a responsabilidade sobre a sua própria vida para viver sobre as suas próprias regras. Este blog é brasileiro. Eu sou brasileiro. E não podia deixar de chamar a sua atenção para o maior problema do nosso país: nós somos os corruptos de um país corrupto. Não existe mais ou menos corruptos. Existe corruptos e não corruptos. 

Coloque a mão na consciência

  • Você está atolado em dívidas, mas não resiste em refinanciar a sua casa ou o seu carro para comprar o novo iPhone ou uma televisão nova.
  • Você reclama que o preço da luz, da água ou da tevê a cabo é muito alto, mas não resiste em tirar vantagem do sistema fazendo um gato na sua casa.
  • Você critica a forma como os políticos ganham dinheiro de forma fácil, mas não resiste em fazer parte de empresas cujo modelo comercial e de expansão é baseado em pirâmide financeira.
  • Você critica a violência policial, mas não resiste em falar palavrão, gritar com seus filhos ou mesmo bater neles em repressão a algo que eles fizeram e que vai contra as normas que você estabeleceu.
  • Você critica a falta de investimento em saúde, mas não resiste em comer fast-food, ficar bêbado na balada e fumar.
  • Você critica a violência no país, mas não resiste em puxar um baseadinho no final de semana.
  • Você critica a corrupção, mas não resiste às oportunidades de tirar vantagem das outras pessoas.
  • Você critica o fato dos políticos não trabalharem bastante, mas está doido para passar naquele concurso público e entrar com uma licença médica para ficar encostado.
Sou totalmente a favor de todas as formas de protesto sem violência e acho esplêndido este momento político pelo qual estamos passando, mas para corrigir o “sistema”, nós temos que nos corrigir. O nosso governo e a forma como o nosso país funciona é um espelho do Brasil que temos dentro das nossas casas e dentro de nós.
Todas essas manifestações soam para mim como um grito de fúria e liberdade contra e a favor de si mesmo. Afinal, foi a maioria da população que escolheu o presidente, o governador, o prefeito, os deputados e vereadores que temos e é esta maioria da população que hoje se humilha em empregos que não gostam ou ocupando cargos públicos que não tem afinidade em troca de algumas moedas. Não podemos nos esquecer que no ano de 2011 a cidade de São Paulo elegeu Tiririca como o segundo deputado mais votado de toda história do Brasil, mesmo tendo ele o slogan “Vote Tiririca, pior do que tá não fica” (vídeo) demonstrando toda a sua displicência em relação a maior arma que temos: o voto. Por sorte (ou azar) Tiririca foi eleito um dos melhores deputados do ano em 2012, mas o fato é que esta“manifestação nas urnas” deixou clara para os políticos do país que a maioria da sociedade não estava nem aí para a política e que o “circo” definitivamente estava armado.
O que vemos hoje na rua são pessoas querendo corrigir de uma hora para outra décadas de descaso com a política do país. Décadas onde as prioridades do brasileiro foram feriados, futebol, carnaval e pornochanchada. Décadas onde, ano após ano, fizemos as mesmas coisas de sempre: esperamos o próximo feriadão, gastamos tubos de dinheiro no nosso próximo carro popular, adquirimos bens que não precisamos para impressionar pessoas que não gostamos, não investimos na nossa educação e, como não podia deixar de ser, “cagamos e andamos” para a nossa própria saúde até que um dia, o bacon, aquela tragada de cigarro ou o último gole de cachaça faça a diferença no nosso sistema como esses R$ 0,20 fizeram para explodir uma bomba de revolta em todo o país. Da mesma forma que não parece ser possível para você que de uma hora para outra, você saia do emprego que não gosta,  peça desculpa para aquela pessoa que você agrediu anos atrás, é também impossível para o nosso país resgatar a sobriedade e responsabilidade para com o povo em apenas uma semana. Ano que vem tem eleição e eu quero assistir quem a maioria do povo irá eleger. Nos comportaremos como o Brasil das últimas duas semanas ou como o Brasil de décadas atrás?
Continue protestando. Continue indo para as ruas. Exerça de uma vez por todas e finalmente o seu poder como parte do povo, mas por favor, não ignore aquilo que você faz dentro da sua própria vida, entre quatro paredes e quando ninguém está vendo. Leve-se a julgamento e condene-se pelos atos de covardia, hipocrisia e perversão que exerce contra si mesmo e também contra a sociedade.
E antes que você me lembre que eu não sou um exemplo de ser humano ou Deus ou Cristo para ficar aqui dando lição de moral em alguém de forma a se defender contra as minhas acusações, espero que, assim como eu, você proteste dentro e fora de si por uma pessoa, um Brasil e um mundo melhor. Coloque a mão na consciência. Somos parte do problema. No mínimo somos irresponsáveis políticamente. 
“Seja você a diferença que deseja para o mundo” ~ Gandhi

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Fazer coisas incríveis

"Fazer uma única  coisa que seja verdadeiramente  incrível é muito melhor que fazer cem coisas medíocres".

domingo, 9 de junho de 2013

El Caff

Se está indo ou está em Buenos Aires, e está a fim de ouvir Tango de verdade não deixe de ir ao El Caff, um templo da boa música argentina. Ah, Caff é Club Atlético Fernandez Fierro.

O Tango e suas muitas facetas

O Tango hoje é conhecido de três formas:


  1. Em shows para turistas em San Telmo, Puerto Madero ou no Caminito. Em geral são espetáculos de musica e bailado. Este é o mais conhecido dos brasileiros. 
  2. Nas milongas típicas argentinas. Onde os hermanos se reúnem para dançar.
  3. E em espetáculos com um pé no Jazz e todo o seu improviso. Tem inicio com Astor Piazzolla e é muito bem representada pela Orquestra Fernadez Fierro

Como a vinicultura chegou a França


Antiga região da Etrúria, na península 

Quando o assunto é vinhos, a França está no topo do mundo. Suas safras regionais, como Bordeaux, Borgonha, Rhône e Champagne, são imitadas por produtores ao redor do mundo. Mas, na comparação com outros países vinicultores, a França chegou tarde a este mercado. A vinificação começou nas montanhas Zagros, no norte do Irã, no sexto milênio aC, e depois se espalhou por todo o Oriente até chegar ao Mediterrâneo. Então, como e quando o conhecimento da vinificação chegou à França? Evidências descobertas por uma equipe liderada por Patrick McGovern, da Universidade da Pensilvânia, fornecem a resposta mais detalhada até agora.
As conclusões de McGovern e sua equipe, publicadas esta semana na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, são baseadas em análises de uma antiga plataforma de pedra para prensar alimentos e de diversas jarras grandes de barro, conhecidas como ânforas e encontradas no antigo porto de Lattara, no sul da França, perto da cidade moderna de Montpellier. Muitas das ânforas encontradas em Lattara têm um design autêntico que indica que foram feitas por volta de 500aC na cidade etrusca de Cisra, que hoje corresponde à cidade italiana Cerveteri.

Ao analisar os resíduos nessas ânforas, os pesquisadores constataram que elas eram usadas para o transporte de vinho resinado com pinheiros e aromatizada com ervas. Naufrágios etruscos ao longo da costa francesa indicam que tais ânforas estavam sendo importadas para a França a partir de cerca de 625aC. Mais notavelmente, a plataforma para pressionar alimentos encontrada em Lattara, que data de cerca de 425aC, também continha resíduo de ácido tartárico, indicando que ela foi usada para pressionar uvas.
Esta é a primeira evidência de vinificação já encontrada na França. A descoberta sugere que as pessoas que viviam na costa mediterrânea da França adquiriram um gosto por vinho dos comerciantes etruscos e estabeleceram sua própria indústria a partir de cerca de 500 aC, provavelmente usando videiras e conhecimentos trazidos da Etrúria.
McGovern observou que o porão de um navio etrusco que naufragou ao longo da costa do sul da França entre 515-475aC estava cheio de videiras, juntamente com ânforas do tipo encontrado em Lattara. Isto é consistente com a teoria de que as sementes do setor vinícola da França, que agora influenciam o mundo, chegaram por mar há 2.500 anos a partir da região central da Itália.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Cuesta Abajo

+ um pouco da alma Argentina. Um tango que gosto muito, com uma orquestra magnifica. Cuesta Abajo

O Tempo

O tempo sempre determinou minhas ocupações. Associado ao sentido de urgência e importância determinou tudo o que fiz e deixei de fazer. Urgência e importância que nem sempre foram minhas. Agora estou ocupado em observar a mim próprio.