sábado, 30 de abril de 2011

Next, o restaurante mais concorrido de Chicago



Prato do Next, o novo restaurante mais concorrido de Chicago / Foto: Sally Ryan / The New York Times
CHICAGO - Inspirando-se tanto nos cambistas do estádio de beisebol Wrigley Field, o campo do Chicago Cubs, quanto nas lojas de penhores, obcecados por dinheiro e comida em Chicago iniciaram um comércio frenético de entradas para um novo restaurante com lances que, em pelo menos um caso, chegaram a US$ 3 mil, para uma mesa perto da cozinha. A causa destes leilões amadores on-line no Craigslist e em outros sites é o Next, a nova casa do chef celebridade local, Grant Achatz, do aclamado Alinea. O Next não faz reservas pelo telefone, apenas pelo seu site. Assim, disputam-se refeições, com tudo incluído, por preços que começam entre U$ 45 e US$ 75.
É este valor inicial que levou a uma guerra de lances entre comensais ansiosos em provar um menu que exige um dicionário de gastronomia (um dos pratos é o caneton rouennais à la presse, par example) para ser melhor apreciado. Como noticiado no site Eater.com, dúzias de bilhetes foram oferecidos para a revenda, a preços que vão de US$ 500 (mesa para dois, em uma quarta-feira, às 21h30m) até um valor seis vezes maior, para uma mesa para seis, praticamente encostada no chef (mas este vendedor recuou e preferiu manter a sua reserva).

O restaurante, que fica em um distrito em rápido desenvolvimento a oeste do Centro de Chicago, vai mudar o menu a cada três meses para um diferente tipo, ou era, da culinária. O atual tem como inspiração Paris em 1906. Os preços também variam de acordo com a noite e a demanda. É algo que Achatz gosta de elevar a preços de passagem aérea (embora a comida certamente não seja de avião).
O chef Grant Achatz (à direita) na cozinha do Next: mesa por US$ 3 mil / Foto: Sally Ryan / The New York Times
Um aviso no site do restaurante diz que as entradas são "completamente transferíveis" - embora advirta que "vender os bilhetes por preços muito maiores do que seu valor inicial talvez seja ilegal". Mais de 20 mil pessoas registraram seus e-mails no site para serem notificados de mesas disponíveis, levando os proprietários do Next a limitar as vendas a somente duas mesas por pessoa.
Achatz, cuja história pessoal inclui a superação de um câncer, prefere não chamar tanto a atenção para a qualidade excelente da comida do restaurante. Ele diz que está mais entusiasmado com o potencial de variação de preços e a economia de trabalho que a marcação de reservas computadorizada permite. E embora afirme que esteja surpreso com atividade dos cambistas, o chef não necessariamente a desaprova.
- Você quase tem de dizer "que bom para eles" - reconhece. - Mas nós não ganhamos mais dinheiro por isso.


A cozinha peruana está com tudo em Buenos Aires


Causas de lagostins, especialidade do restaurante M Buenos Aires / Foto: Divulgação

BUENOS AIRES - Assim, meio de repente, o ceviche entrou na moda. Não só ele. Já fazem parte do vocabulário gastronômico cotidiano dos brasileiros palavras como causas e tiraditos, duas outras especialidades da culinária peruana, que está em alta não só no Brasil, mas no mundo todo. Sem falar na quinoa, no ají, nas batatas e nos milhos multicoloridos... Ainda que o ceviche tenha virado uma espécie de petit gâteau, receita encontrada em muitos cardápios da cidade, a cozinha peruana é uma novidade relativamente recente por aqui. Mas os nossos >ita


Há pelo menos cinco anos a cozinha peruana é um dos maiores tópicos nos guias de restaurantes da capital argentina. Só em Buenos Aires, são mais de 40 endereços dedicados à gastronomia do país de Mario Vargas Llosa - nenhuma outra especialidade, que não seja a tradicional parrillada, tem tantos representantes assim. E este número não para de crescer. Alguns dos melhores restaurantes da cidade, como o Osaka, o Sipan, o Francesco e o M Buenos Aires, são dedicados à gastronomia peruana ou nipo-peruana.
- O movimento de comida peruana está em alta. Hoje em dia, há muitos restaurantes dessa especialidade em todos os níveis de preço, dos mais simples e populares até os muito caros e sofisticados. Essa onda começou já faz algum tempo, mas ganhou evidência nos últimos cinco anos - diz o peruano Daniel Delgado, chef e dono do restaurante portenho M Buenos Aires, um dos melhores da especialidade no país.
Numa cidade tão apaixonada pelos sabores peruanos, não poderia faltar uma filial do restaurante do chef-celebridade Gastón Acurio, o embaixador do cozinha de seu país, dono de um império gastronômico com algumas dezenas de casas espalhadas pelo mundo. Além de receitas tradicionais usando ingredientes peruanos, Gastón também explora a matéria-prima local. No cardápio, há uma seção dedicada "à horta, à granja e ao mar da Argentina". Nela são listados pratos criativos e diferentes, como o assado de tira lentamente cozido em suco de chicha morada (bebida à base de milho vermelho) e servido com polenta, misturando influências argentinas e andinas.
Assim como o Osaka e o Astrid y Gastón, o Francesco nasceu em Lima. Depois de abrir uma filial em Coral Gables, na Flórida, a marca chegou a Buenos Aires. A cozinha é mais criativa que a média desta especialidade, apresentando receitas que fogem da fórmula causa-ceviche-tiradito, como o linguado ao conhaque com molho agridoce de mostarda e soja, o arroz negro de vieiras e lulas com ricota salgada e o ravióli de centolla com creme de pimentão vermelho.
Há vários outros bons lugares para explorar essa rica gastronomia, como Bardot Nueva Cocina Peruana, Peru Deli, Pozo Santo, Páru, Inkas Sushi & Grill, Ceviche, Mosoq e Moche, todos em Palermo, bairro que deve ter pelo menos uns 15 restaurantes peruanos, entre eles os já citados Astrid & Gastón e Francesco.
Sipan: Paraguay 624 (esquina com Florida), Centro. Tel. (11) 4315-0763. www.sipan.com.ar
Francesco: Sinclair 3.096, Palermo. Tel. (11) 4878-4497.
M Buenos Aires: Balcarce 433, San Telmo. Tel. (11) 4331-3879. www.mbuenosaires.com.ar
Osaka: Soler 5.608, Palermo Hollywood. Tel. (11) 4775-6964. www.osaka.com.pe
Astrid y Gastón: Lafinur 3.222, Palermo. Tel. (11) 4802-2991. www.astridygaston.com

Os sabores de Lima, a gastronômica capital do Peru



Causa sushi roll do Bravo Restobar, em Lima / Foto: Luisa Valle
O prêmio Nobel de Literatura concedido ao escritor peruano Mario Vargas Llosa em 2010 foi apenas mais um indício de que o Peru está mesmo em alta. A fama, no entanto, não se restringe às letras, e tampouco tem alguma relação com Machu Picchu, Cuzco ou as Linhas de Nazca. Não que estes lugares não façam parte de um roteiro essencial numa visita ao país. Muito pelo contrário, não podem ficar de fora. Mas, aos poucos, Lima vem deixando de ser apenas uma escala para se tornar destino final de quem procura bons passeios, com direito a catacumbas e sítios arqueológicos, e, principalmente, ótimos lugares para se comer. Afinal, estão aqui alguns dos chefs que botaram a cidade no mapa gastronômico mundial, como Gastón Acurio, que vem exportando seus ceviches, causas, ajís e, claro, as batatas que fazem parte da culinária peruana. Inclusive para o Brasil, que deve ganhar em breve a segunda filial de um dos restaurantes do chef.




Mistura dá o sabor da gastronomia peruana
Os imigrantes italianos trouxeram o tomate e as massas; os chineses e os japoneses, o arroz e o shoyo, e os espanhóis, as galinhas e o limão. A mistura étnica não poderia ter resultado numa gastronomia mais interessante. Aliado à isso, a posição geográfica do Peru, que engloba 84 dos 114 ecossistemas existentes do planeta, garante os ingredientes mais diversos vindo do mar, do alto dos Andes e da selva amazônica, o que encanta o paladar de qualquer um com seus ceviches, causas e lomos.
Camarões com batatas e milho no La Mar, de Gastón Acúrio, em Lima / Foto: Luisa Valle
E, claro, nenhum lugar é melhor para provar a comida peruana do que Lima, que em 2006 foi declarada a capital gastronômica da América do Sul, durante o congresso internacional de gastronomia Madri Fusion. Não é à toa que a renomada Le Cordon Bleu escolheu o Peru para sediar a sua primeira filial no continente.
É na capital peruana que estão os restaurantes dos chefs mais famosos do país, como Gastón Acurio, um dos maiores responsáveis pelo boom da cozinha local pelo mundo. Acurio é sempre o primeiro nome que sai da boca dos peruanos quando o assunto é comida. E comer em uma de suas casas já faz parte do roteiro obrigatório.
Uma boa opção é o badalado Astrid e Gastón, que ele abriu em 1994 com sua mulher, também chef. Outra boa opção é a cevicheria La Mar, que em 2009 inaugurou uma filial em São Paulo. O prazer da refeição começa com os piqueos, ou entradinhas. Os chips de batata são viciantes. No charmoso bairro de Miraflores, a cevicheria tem um ambiente agradável, de fim de praia, que combina bastante com o menu, e vive cheia. Mas quem não come frutos do mar pode ir ao La Mar também. Apesar de o menu ser praticamente todo de peixes, existe um cardápio "underground" para quem não gosta de pescados ou "crianças rebeldes" que resistam à especialidade.
Espaguete servido com molho de mariscos, no La Mar, de Gastón Acúrio, em Lima / Foto: Luisa Valle
Outro restaurante com um clima de praia é o Rosa Nautica, também em Miraflores. A casa, que durante anos foi comandada pelo chef Alfredo Aramburú, serve frutos do mar. Mas o que chama atenção é a sua localização: fica num píer que avança sobre a praia. O Cala, esse sim atualmente comandado por Aramburú, que fica na região de Barranco, é outro com vista para o mar. O cardápio é uma mistura de culinária mediterrânea com a peruana.
A comida fusion, aliás, é forte nos restaurantes da cidade. O Bravo Restobar serve uma comida "para estrangeiro entender", como explica o chef e proprietário Christian Bravo. No elegante bairro de San Isidro, o moderno restaurante de Bravo oferece, entre outras coisas, o rolinho primavera de lomo e a causa sushi roll, mistura das gastronomias peruanas e orientais.
E as influências chinesas e japonesas são tão fortes na comida peruana que hoje existem milhares de restaurantes chifas no país. A expressão, usada para designar os restaurantes de comida chinesa e peruana, significa "coma arroz". Em Lima, entre as muitas opções, está o Wa Lok, no Centro.
Purê feito com ervilhas e salsichas do El Grifo, da chef Jana Escudero, em Lima / Foto: Luisa Valle
Mas, se você prefere uma refeição com um toque mais caseiro, vai gostar do El Grifo, da chef Jana Escudero. Suas receitas incluem um lomo saltado com arroz e batatas que em 2009 foi premiado no Mistura, feira gastronômica internacional realizada em Lima, e um medalhão de filé com purê feito com ervilhas e salsichas, e um ovo poché por cima. O visual é interessante, e o sabor, divino. Melhor ainda são as sobremesas, entre elas os bombones de Baileys, com três texturas diferentes e recheados de avelã e um toque da bebida. Outra campeã é o cheesecake de chocolate, batizado de cheesecake de toblerone.
Passeio histórico pelo centro de Lima
Os atrativos de Lima não param no ceviche e nos lomos. A cidade que, durante dois séculos, foi a capital dos domínios da Espanha na América do Sul, encanta com suas ruas largas e prédios com arquitetura que mistura o estilo espanhol e o colonial - embora um terremoto no século XVIII tenha destruído grande parte das construções originais. A profusão de pedestres e carros circulando é grande, como em qualquer outra metrópole, mas não impede um passeio agradável pelo Centro Histórico da antiga "Cidade dos Reis" - até para fazer a digestão.
A Catedral de Lima, na Plaza Mayor / Foto: Luisa Valle
A primeira parada é na Plaza Mayor, antiga Plaza de Las Armas, onde a cidade foi fundada por Francisco Pizarro. Ali estão a Catedral, o Palácio do Arcebispo, a prefeitura e o palácio do governo, cada um numa lateral da praça, com seus prédios amarelos e decoração de canteiros de flores.
A catedral, com suas torres gêmeas, chama a atenção dos visitantes. São cinco naves e dez capelas. Uma delas é a de São João Batista, onde está um entalhe com uma imagem de Jesus considerado um dos mais bonitos do continente. Dizem que, antigamente, a estátua de um homem num cavalo decorava a entrada da igreja, mas o bispo teria mandado removê-la, porque o, digamos assim, derrière do cavalo ficava voltado para o monumento. A estátua foi exilada numa outra praça menor e, mais tarde, teria sido removida novamente, por motivos desconhecidos. Atualmente, está desaparecida.
Durante os dias, a praça fica lotada de crianças e pedestres que aproveitam um dos banquinhos para admirar o grande chafariz que ocupa o centro da quadra, ou apenas ver a vida passar. Vale lembrar que, como em qualquer cidade grande, a atenção deve ser redobrada, na hora de parar para tirar fotografias.
Casa da Literatura Peruana: construída em antiga estação em Lima / Foto: Luisa Valle
Não muito longe dali, numa das ruas laterais, fica a Casa da Literatura Peruana, um espaço cultural onde as obras de alguns dos escritores mais famosos do país são celebradas em mostras. A visita vale principalmente pela arquitetura do prédio, construído na antiga estação central de trem Desamparados.
Logo adiante, fica o complexo de São Francisco, composto por uma igreja, um convento, duas capelas e a antiga catacumba pública. Infelizmente, não é permitido tirar fotos dentro do complexo. O pátio do convento é um dos pontos altos, decorado com azulejos de Sevilha. Parte do teto também é original, e todo construído com pedaços de madeira unidos por cravos. Os afrescos nas paredes chamam ainda mais atenção. Para economizar, as pinturas foram feitas em telas reaproveitadas, vindas da Espanha. Com o tempo, a tinta foi falhando e, hoje, grande parte dos quadros exibe pedaços das imagens originais.
Complexo de São Francisco, composto de um convento, uma igreja e catacumbas, em Lima / Foto: Luisa Valle
A parte mais interessante do passeio fica por conta das catacumbas e corredores estreitos no subterrâneo do complexo, tomados por ossadas. Dizem que existem mais de 70 mil delas, redescobertas no século XX. A maioria seria de pessoas pobres, e foram empilhadas e cobertas por cal.
De volta a superfície, o passeio continua pela Plaza San Martín, construída para comemorar os cem anos da independência do Peru, em 1921. No seu centro, fica a estátua do General José de San Martín, que proclamou a independência. Diferentemente da Plaza Mayor, sua arquitetura é francesa. É nela que está o Gran Hotel Bolivar e o Club Nacional, exclusivo para homens. Seguindo pela Jirón de la Unión, rua só de pedestres cheia de restaurantes e lojinhas, voltamos ao ponto de partida do roteiro, a Plaza Mayor.
Miraflores e San Isidro: a 'Zona Sul' da cidade
Vir a Lima e não passear pelos bairros de Miraflores e San Isidro é quase o mesmo que visitar o Rio e não andar pela Zona Sul da cidade. É aqui que estão concentrados os melhores e mais badalados restaurantes. Em Miraflores, por exemplo, um dos pontos de encontro de moradores e turistas é a Calle de las Pizzas, cheia de bares com mesas na calçada. À beira-mar, a região também guarda também alguns bons refúgios da cidade grande, como o Parque Kennedy, que no fim de semana ganha um mercado de artesanato, e seu anfiteatro vira uma pista de dança.
Vista do litoral de Miraflores, bairro nobre de Lima / Foto: Eduardo Maia
E como estamos falando de Peru, não poderia faltar uma monumento arqueológico. O Huaca Huallamarca, em San Isidro, é uma pirâmide construída entre 200 e 500 a.C., feita com tijolos de adobe e usada como ponto de ritual pelo povo hualla. Algumas múmias e artefatos encontrados por arqueólogos na região estão expostos no local. Outro monumento arqueológico é o Huaca Pucllana, uma espécie de centro administrativo criado por pescadores e agricultores nômades há mais de dez mil anos. Mais tarde, o sítio arqueológico acabou virando um cemitério e, depois, um local de oferendas.
RESTAURANTES
Astrid e Gastón: Calle Cantuarias 175, Miraflores. Tel. (511) 242-5387. www.astridygaston.com
La Mar: Av. La Mar 770, Miraflores. Tel. (511) 421-3365. lamarcebicheria.com
La Rosa Nautica: Espigón 4 Circuito de Playas, Miraflores. Tel. (511) 445-0149. www.larosanautica.com
Cala: Espigón B2 Cuadra 1, Costa Verde, Barranco. Tel. (511) 252-9187. www.calarestaurante.com
Bravo Restobar: Av. Conquistadores 1.005, San Isidro. Tel. (511) 221-5700. www.bravorestobar.com
El Grifo: Av. Colonial 2.703. Tel. (511) 564-7789.
PASSEIOS
Catacumbas da Igreja de São Francisco: O ingresso custa 7 novos soles (R$ 4,20). Plaza San Francisco. museocatacumbas.com
Casa da Literatura: Jr. Ancash 207. Tel. (511) 426-2573. www.casadelaliteratura.gob.pe

Confluence, um novo distrito que se ergue às margens dos rios de Lyon



MICHAEL TULIPAN
New York Times Syndicate


Lyon, a segunda maior cidade da França, está saindo da sombra de Paris e olhando para o futuro, com a criação de um distrito inteiramente novo chamado Confluence, devido aos dois rios - o Saône e o Ródano - que o margeiam. Os novos prédios reluzentes da área estão se erguendo em um trecho industrial desolado que antes abrigava matadouros e os dois presídios da cidade.
 

Foto 5 de 5 - Do Mo é um espaço industrial com lâmpadas que lembram gotículas de água e oferece um cardápio franco-japonês, em Lyon Philippe Schuller/The New York Times



Rue Le Bec
Nicolas Le Bec, que recebeu duas estrelas Michelin no restaurante que leva seu nome em Lyon, levou um ar de mercado ao Rue Le Bec, um complexo de depósito reformado como um espaço descontraído, complementado por uma padaria, bancas de feira e um verdureiro recém-aberto, que fornece opções para viagem para piqueniques à beira do rio.


RBC Lyon
O chamativo “Cubo Laranja” é uma grande estrutura que parece ter recebido uma mordida. Ele é o lar do recém inaugurado RBC Lyon, oferecendo mais de 900 metros quadrados de showrooms de móveis contemporâneos.


Place Nautique
O Place Nautique, um imenso empreendimento de porto interno, leva o Rio Saône ao coração do novo distrito. Margeado por prédios de apartamentos ultramodernos e o novo Parc de Saône, o Place Nautique abriu em junho e é um lugar idílico para uma caminhada, fornecendo um ponto de parada para os passeios de barco.


Do Mo
Do Mo é um espaço industrial com lâmpadas que lembram gotículas de água e oferece um cardápio franco-japonês, incluindo solha com nori, fondue de alho-poró e cerveja Asahi. As mesas com minigrelhas permitem aos clientes prepararem sua própria carne.

domingo, 17 de abril de 2011

terça-feira, 12 de abril de 2011

Um dia por Miraflores, a Ipanema de Lima, no Peru Publicada em 11/04/2011 às 12h58m

Turistas aproveitam o dia num gramado de Miraflores, bairro nobre de Lima, no Peru / Foto: Zean Bravo


LIMA - Jogadas na grama, duas turistas aproveitam a sombra de uma árvore enquanto um casal namora sem se dar conta do que se passa ao redor em uma tarde ensolarada no Parque do Amor, uma das mais concorridas áreas verdes com vista para o Oceano Pacífico de Miraflores. Dali, a dupla ainda observa o voo do parapente que acabou de decolar de uma pista da vizinhança. Um dos bairros mais charmosos de Lima, o lugar está para a cidade assim como Ipanema está para o Rio.
Inaugurado em 1993, o Parque do Amor chama a atenção pelos sinuosos bancos decorados com mosaicos coloridos inspirados no Parque Güell, uma das maravilhas arquitetônicas desenhadas por Gaudí para Barcelona. No parque peruano, há ainda a escultura gigante "El beso" ("O beijo"), de Victor Delfin. O monumento confere um toque kitsch ao lugar, uma das muitas razões pelas quais Lima não deve ser tratada apenas como uma conexão para outros destinos mais procurados do país como Cuzco e Machu Picchu.
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Parques repletos de flores - que justificam o nome do bairro, praia e até um famoso shopping (Larcomar) construído ao ar livre numa encosta de frente para o Pacífico fazem de Miraflores "o" lugar para se estar em Lima. Ponto de encontro, o centro comercial, com área de jogos eletrônicos e salas de cinema, reúne locais e turistas interessados em compras ou na social em um dos vários bares e restaurantes estrategicamente posicionados de cara para o mar. Nos fins de tarde, o lugar também atrai gente atrás daquela vista privilegiada para o pôr do sol.
O restaurante La Rosa Nautica, construído num píer sobre o Pacífico, combina gastronomia e visual impactante em Miraflores, em Lima / Foto: Zean Bravo
Ao olhar para baixo dali, é impossível não avistar o restaurante La Rosa Náutica, construção ao estilo inglês fincada no fim de um píer que avança pelo oceano. Não é preciso ser dotado de muita imaginação para adivinhar que as estrelas do cardápio vêm do mar, incluindo o onipresente ceviche.
Antes (ou depois) da refeição naquele restaurante vale andar pela orla de Miraflores. Durante o passeio, não é difícil esbarrar em um peruano vestido com bermuda colorida oferecendo aulas de surfe para iniciantes. O mar gelado - a praia é de pedra, sem faixa de areia - pode ser convidativo para esportistas. Mas os simples banhistas preferem mergulhar em outras praias distantes do bairro.
Uma caminhada de minutos liga o Shopping Larcomar até o Parque do Amor. Com um pouco mais de disposição, é possível chegar a pé - descendo escadas de pedra - ao píer do La Rosa Náutica. Já uma curta corrida de táxi separa a orla de Miraflores do movimentado Parque Kennedy, outra área cercada por inúmeras lojas de todos os tipos. Nos arredores da praça, também há uma infindável oferta de bares e restaurantes.
Haca Pucllana, sítio arqueológico em pleno bairro de Miraflores, em Lima / Foto: Zean Bravo
As barraquinhas espalhadas pela praça merecem uma atenção especial dos que apreciam comidinhas de rua. São doces, salgados e bebidas locais, como chica morada, uma espécie de suco avermelhado extremamente doce preparado com um tipo de milho. A mistura é tão apreciada pelos peruanos quanto a Inca Kola, refrigerante amarelo (como um detergente) com gosto de chiclete que também é uma mania nacional.
O roteiro por Miraflores inclui uma passagem pelo sítio arqueológico Huaca Pucllana, construção do período pré-colombiano hoje fincada em meio aos prédios modernos do bairro. Depois da visita guiada pelas ruínas - que não dura mais do que uma hora - reserve um tempo para o restaurante do local. A vista para o impressionante centro arqueológico compensa a ausência do mar.
Huaca Pucllana: Avenida General Borgoño s/n. Visitas guiadas: 10 Nuevos Soles (R$ 6).
Parque do Amor: Avenida Malecón Cisneros, cuadra 8.
La Rosa Náutica: Espigón 4. Circuito de Playas. www.larosanautica.com
Shopping Larcomar: Avenida Malecón de la Reserva 610.

terça-feira, 5 de abril de 2011

O charme e as possibilidades de Santiago

Predios modernos se destacam na paisagem da capital do Chile, ao lado de construções centenárias como a Catedral, na Plaza de Armas / Foto: Bruno Agostini



SANTIAGO - Em 2010, o mundo parou duas vezes para ver o Chile. Primeiro, um terremoto devastador. Depois, um resgate histórico de mineiros. Com o país em evidência, estável economicamente e moderno, Santiago passou a brilhar como nunca. Tanto que foi eleita pelo "New York Times" como o destino número um para ser visitado em 2011. Além dos bons programas clássicos de sempre, como a visita ao Mercado Central, a exploração das delícias marinhas e o roteiro nerudiano, que vai da boemia do bairro de Bellavista até algumas praias próximas, a capital chilena está cheia de novidades, entre hotéis, restaurantes, atrações culturais e marcos arquitetônicos (o futuro maior prédio da América Latina está sendo construído lá). Para lá deste perfil, já suficientemente interessante para os turistas, Santiago também ganha pontos pelas atrações nos arredores: afinal, praias, estações de esqui e vinícolas estão a um pulo. A cidade também acaba entrando na pauta de muito viajante a caminho dos destinos tão diferentes entre si que há no país, como a Ilha de Páscoa, o Deserto do Atacama e a Patagônia. Para se voar até estes lugares, é preciso passar pela capital. E, cada vez mais, Santiago não é apenas um ponto de conexão, mas parte importante do roteiro. E se não é, deveria ser...
À noite, desenhos no Rio MapochoPraça das Armas: no Centro Histórico de Santiago, onde é realizada uma feira com vários artistas plásticos / Foto: Bruno Agostini
Não é difícil entender as razões que levaram Santiago a ganhar destaque no mundo do turismo nos últimos anos. Eles estão investindo e se esforçando para isso. Os resultados aparecem. A novidade mais recente, lançada há cerca de duas semanas, é o espetáculo noturno do Rio Mapocho, que corta a cidade: uma intervenção artística de autoria de Catalina Rojas, que criou desenhos para serem projetados nas águas turvas do rio, que assim ganha uma linda coloração.
Obras de infraestrutura facilitaram bastante a vida dos turistas. Largas avenidas e um incrível túnel que atravessa boa parte de Santiago, evitando o tráfego mais pesado, possibilitam um acesso tranquilo ao aeroporto (dependendo do dia, não se gasta mais que 15 minutos para ir do Centro até lá). O metrô foi outro investimento muito bem-vindo, e é possível visitar praticamente todos os pontos de interesse usando o serviço - dá até para se visitar algumas vinícolas nos arredores, como a Santa Carolina, a Cousiño-Macul e a Concha y Toro, combinando o metrô com uma curta corrida de táxi (com preço inferior a R$ 5). São cinco linhas, com mais de 90 estações, limpas e bem cuidadas.
Entre as boas novas dos últimos anos, também está a expansão da cidade em direção a Las Condes, enclave mais chique da cidade, com shoppings, hotéis, boates e restaurantes de alto padrão. Não à toa, essa região foi a escolhida por algumas redes internacionais de hotelaria de luxo que se instalarem ali, como W, Hyatt e Marriott.
Estátua da Virgem Maria no alto do Cerro San Cristóbal, com linda vista de Santiago / Foto: Bruno Agostini
Além das melhorias e novidades, Santiago tem outros bons trunfos para atrair turistas: a criminalidade é muito inferior e as ruas são bem mais limpas, por exemplo, se compararmos com Buenos Aires. E, cá entre nós, não é toda cidade que tem vista para os Andes. Para o gourmet, há os vinhos chilenos, e os peixes e frutos do mar, sempre muito frescos.
Há os bairros, um para cada perfil. Las Condes, como já foi dito, sacia o apetite consumista. Lastarria, com seus museus, universidades, cafés, bares, ateliês, galerias de arte e lojas de moda e design, é o recanto mais cool de Santiago. Bellavista, por sua vez, é a zona boêmia, tendo na Calle Pio Nono o seu eixo central, abarrotado de bares sempre cheios de jovens - mesmo numa tarde em dia de semana. Acima de Bellavista está o Cerro San Cristóbal, que se pode subir de teleférico ou funicular. O Centro ainda guarda uma preciosa arquitetura antiga em alguns emblemas da cidade, como o Mercado Central, o Palácio de la Moneda, a Catedral Metropolitana, o Palácio Errázuriz (onde hoje funciona a Embaixada do Brasil) e a Confiteria Torres, inaugurada em 1879.
Há os programas clássicos imperdíveis, como é possível ler no texto ao lado. E a cena gastronômica em Santiago nunca esteve em tão bom momento. A cidade está bem próxima de vinícolas, praias e estações de esqui - coisas que o turista brasileiro adora e que podem ser visitadas em roteiros de um dia, o popular bate e volta.
Cidade recebe restaurante ArmaniMercado Central de Santigao: bom para visitar, não para comer / Foto: Bruno Agostini
Na minha primeira visita ao Chile, cheguei ainda pela manhã. Largamos as coisas no hotel e fomos correndo para o Mercado Central. Vimos muitas barracas para já irmos nos familiarizando com os pescados. E, como fazem nove em cada dez turistas, nos sentamos no restaurante Donde Augusto para almoçar. Não que tenha sido ruim. Mas estou certo de que foi a pior refeição que fiz na capital chilena, naquela e nas visitas seguintes (quatro, no total). E está também entre as mais caras. Ou seja: o Mercado Central é um passeio, mas fazer uma refeição ali é bobagem - até porque a cena gastronômica chilena está vivendo um ótimo momento.
Quem desejar comer em um cartão-postal pode seguir em direção à Confitería Torres, perto dali, ainda na zona central da cidade. O restaurante, inaugurado em 1879, é um endereço famoso na cidade há décadas, frequentado por escritores, empresários, políticos e turistas. O ambiente é classudo e elegante, com bancos de couro vermelho, muitos quadros em preto e branco nas paredes, retratando Santiago e seus personagens, bar de madeira (com uma bonita iluminação atrás do balcão) e um cardápio igualmente clássico, que pode começar com empanadas e chupe de locos (um tipo de marisco, de carne branca e muito saborosa, que também é servido em forma de salada à vinagrete com folhas, muito bom). Entre as especialidades, além de pratos de peixes, está o filé marinado no coentro. Vale lembrar que foi inventado ali por um ex-presidente o sanduíche que leva o seu nome, Barros Luco, que leva queijo e carne, hoje difundido em todo o país. E quem quiser, pode deixar para visitar só para um chá da tarde.
Lomo a lo pobre: pratodo restaurante Venezia, preferido de Pablo Neruda em Santiago / Foto: Bruno Agostini
Outro endereço gastronômico histórico é o restaurante Venezia, no bairro boêmio de Bellavista, o favorito do poeta Pablo Neruda, Nobel de Literatura de 1971. É um espaço grande e meio caótico, frequentado mais por chilenos do que pelos turistas, com mesas cobertas por toalhas quadriculadas. Não espere sofisticação, mas uma comida honesta em ambiente pitoresco, decorado com bandeiras de países e times de futebol, garrafas de vinho antigas e muitas fotografias, grande parte delas do escritor que deu notoriedade ao lugar. Talvez este seja o lugar mais indicado para se provar o lomo a lo pobre, um filé grelhado coberto com dois ovos e servido com batatas fritas e cebola refogada longamente, até se transformar numa espécie de purê, levemente caramelizado.
Também clássico é o Divertimento Chileno, dentro do Parque do Cerro San Cristóbal. A comida campestre preparada com correção é em muito valorizada pelo cenário bucólico, rodeado pela mata, com um lindo jardim. Há agradáveis mesas do lado de fora do casarão, decorado com objetos de fazenda. Apesar do clima rural, os pescados também brilham, em receitas como o ajillo mixto (camarões, lulas, tomates e champignons com temperos e queijo de cabra) e a trilogia de ceviches com os peixes do dia.
Mas a gastronomia de Santiago não se resume a endereços tradicionais. Pelo contrário: nos últimos anos, estão abrindo novas casas, como o nipo-peruano Osaka, instalado no Hotel W, e o Emporio Armani Ristorante (existem muitos cafés Armani, mas restaurante só mesmo em Nova York, Tóquio e, mais recentemente, Santiago - a cidade está mesmo com tudo).
Chevichitos no Osaka, com polvo, banana caramelada e manga / Foto: Bruno Agostini
A cidade foi a terceira a ganhar uma filial do Osaka (as outras duas casas da rede ficam em Lima e Buenos Aires). O cardápio mescla pratos do Peru e do Japão quase sempre com alguma criatividade, e sempre usando ingredientes locais. Explore as entradinhas, como o rolinho de peixe branco recheado com alface em tirinhas, abacate e molho picante. Ou os cevichitos, servidos em pequenas colheres, como o de polvo, banana caramelada e manga, temperados em molho delicioso e um toque crocante.
Enquanto isso, restaurantes com alguns anos de vida, como o Europeo, estão cada vez melhores. No cardápio criado pelo chef Carlos Meyer Anwandter, que sempre se renova, a cozinha é de base francesa, com influências de outros países do continente, como Itália e Espanha. No menu, foie gras, trufas, lagosta e carnes de caça, com preparo certeiro e apresentação cuidadosa. Reserve. E não deixe de ir.
Nos arredores, escolha entre as praias, as vinícolas ou o esqui
Santiago tem uma virtude rara: é uma cidade cercada de atrações por todos os lados - muito diferentes entre si. A oeste, para os dias de verão, temos as praias: Viña del Mar e Valparaiso são apenas as duas mais famosas. A leste, para quando a neve chegar, estão as estações de esqui: Valle Nevado, El Colorado e La Parva, bem perto da capital. Ao norte e principalmente ao sul (no Vale do Maipo, em especial) estão as vinícolas, para serem degustadas durante todo o ano (mas durante o verão e parte do outono, com as videiras carregadas e o trabalho de colheita, é muito mais interessante fazer o passeio). E ainda há os cassinos.
Barricas em exposição na vinícola Santa Carolina, aonde se pode chegar facilmente de metrô de Santiago / Foto: Bruno Agostini
Para nós, brasileiros, as vinícolas e as estações de esqui são muito mais relevantes, claro. Mas, não custa lembrar, mesmo aos que não querem se banhar nas águas frias do Oceano Pacífico: o litoral chileno tem lá o seu charme, isso tem.
A começar por Viña del Mar, um típico balneário turístico urbano que concentra bons hotéis e restaurantes e tem atrações que estão além de praia (elas são até bonitas, mas cá entre nós: sair do Brasil para ir à praia no Chile é o mesmo que sair do Chile para beber vinho no Brasil). Na cidade há um belo Jardim Botânico, construções históricas, museus e parques bastante agradáveis.
No mês de fevereiro, por exemplo, acontece o Festival Internacional da Canção de Viña del Mar, sempre com convidados ilustres. Neste ano, por exemplo, vão se apresentar Roberto Carlos (22/02), Sting (25/02) e Alejando Sanz (26/02), entre muitos outros.
Bem perto dali, está a cidade de Valparaiso. Assim como o bairro de Bellavista, um lugar adorado por Pablo Neruda (uma de suas antigas casas abertas aos visitantes está lá: chama-se la Sebastiana). Apesar de ser uma cidade portuária, o casario colorido que desce pelas encostas da montanha (com acessos por elevadores tipo plano inclinado) dá um certo charme ao lugar.
Santa Rita, uma das chamadas 'bodegas históricas', a menos de uma hora de Santiago / Foto: Bruno Agostini
O que faz mesmo sucesso com os brasileiros são as vinícolas e estações de esqui. Os vinhedos, além de estarem muito perto da capital (a Cousiño-Macul está praticamente dentro de Santiago), propiciam uma visita que vai além da bebida: são as chamadas "bodegas históricas", como Santa Rita, Concha y Toro, Santa Carolina e a própria Cousiño-Macul, todas fundada ainda no século 19 e instaladas em casarões antigos lindíssimos, com destaque para as caves subterrâneas imensas. Outra vantagem de se visitar essas vinícolas é o fácil acesso: basta pegar a Linha 4 do metrô e descer na estação mais próxima e depois pegar um táxi para uma curta viagem (para a Santa Carolina, por exemplo, são menos de dois minutos de trajeto a partir da estação de metrô).
Todas as quatro recebem visitantes e o programa é bem parecido, seguindo um mesmo roteiro. Primeiro, um tour, começando pelos vinhedos, passando pela área onde estão os tanques de fermentação, e terminando nas salas de barrica, sempre lindas. Em seguida, visita às lojinhas. Não deixe de reservar pelo site, porque muitas vezes não há mais vaga. Às vezes, a degustação é apenas no final do passeio, como na Santa Rita. Em outras, a prova dos vinhos vai acompanhando o tour, como na Santa Carolina (os brancos são servidos ao ar livre, no jardim, e os tintos, dentro da bodega, na sala de barricas).
El Colorado, uma das estações de esqui que estão a um pulo de Santiago / Foto: Bruno Agostini
As vinícolas com melhor estrutura para os visitantes são a Santa Rita (com restaurante, o Doña Paula, muito bom, hotel e até um museu) e a Concha y Toro (com restaurante, bar de vinhos e uma boa lista de rótulos vendidos em taça: na nossa visita, por exemplo, havia um raro Don Melchor 1988).
Por fim, as estações de esqui. Algumas delas também estão quase dentro de Santiago. Saindo do Centro, em cerca de 15 minutos, já estamos na Cordilheira dos Andes. É tão perto que é comum chilenos e turistas subirem a montanha de manhã, passar o dia esquiando, e voltar no fim do dia para Santiago.
ONDE FICAR:
Hotel W: Diárias a partir de US$ 320. Isidora Goyenechea 3000, Las Condes. Tel. (562) 770-0000. www.starwoodhotels.com
Grand Hyatt: Diárias a partir de US$ 300. Avenida Kennedy 4601, Las Condes. Tel. (562) 950-1234. www.hyatt.com.br
ONDE COMER:
Astrid y Gastón: Antonio Ballet 201, Providência. Tel. (562) 650-9125. www.astridygaston.com
Confitería Torres: Alameda 1570, Centro. Tel. (562) 688-0751. www.confiteriatorres.cl
Divertimento Chileno: Av. El Cerro s/n, Parque Metropolitano. Tel. (562) 233-1920.www.divertimento.cl
Europeo: Alonso de Córdova 2417, Vitacura. Tel. (562) 208-3603. www.europeo.cl
Osaka: No hotel W. Tel. (562) 770-0000.
Venezia: Pío Nono 200, Bellavista. Tel. (562) 737-0900.