terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Fragmentos de minha infância

Tenho muito poucas lembranças de minha infância. Acho que deve ser assim mesmo com a maioria das pessoas. Mas gostaria de me lembrar mais.


As poucas lembranças me remetem a nossa casa em Porto Alegre, na avenida Sete de Setembro. Era uma casa de madeira muito grande. Tinha um quintal enorme, muitas árvres frutiferas --- tinha de tudo, até um parreiral cheio de uvas.


A casa tinha um porão. Nunca entrei nele. Acho que tinha medo do que poderia encontrar. Imaginação de criança.


Tinha também uma edícula, logo ao lado da entrada. Era lá onde nos reuniamos. Lembro papai chegando com a grande novidade: a chegada dos refrigerantes no Brasil. Sim POA foi a primeira cidade do Brasil a ter refrigerante. Era da PEPSI.


Outra lembrança recorrente é de um presente, acho que de Natal, um barco e um submarino. Sempre me lembro deles, da minha alegria fazendo-os navegar na bacia cheia de agua. Eu também tinha um cavalo de pau. Daqueles que são só uma cabeça montada em um cabo de vassouras. Eu uma vez deixei esse cavalo de pau pendurado no varal. Minha mãe passou e ele caiu na cabeça dela. Ela ficou furiosa e tentou me pegar para dar uma surra. Eu comecei a correr em volta da casa, que ficava em centro de terreno. Ficamos a tarde toda nessa corrida de gato e rato sem ela coseguir me pegar. Sorte minha que ela cansou.

Poema do amigo aprendiz

Quer ser o teu amigo.
Nem demais e nem demenos.
Nem tão longe, nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na sua vida, da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar a tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão dificil aprender!!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher teu rosto de lembranças, dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Em caso de despressurização

Não se sinta culpado em pensar em si próprio.
Se quer colaborar com o mundo, comece com você.
Eu estava dentro do avião, prestes a decolar, e pela milionésima vez escutava a orientação do comandante: "Em caso de despressurização da cabine, máscaras cairão automaticamente a sua frente. Coloque primeiro a sua e só então auxilie quem estiver ao seu lado. E a imagem do monitor mostrava justamente isso, uma mãe colocando a máscara no filho pequeno, estando já com a dela. É uma imagem um pouco aflitiva, porque a tendência de todas as mães é primeiro salvar o filho e depois pensar em si mesmo. Um instinto natural de fêmea que somos, todas.
Mas a orientação dentro do avião tem lógica: como poderiamoa ajudar quem quer que seja estando desmaiadas, sufocadas, despressurizadas? Isso vem ao encontro a algo que sempre defendi, por mais que pareça egoísmo: se quer colaborar com o mundo, comece com você.
Tem gente a beça fazendo discurso e reclamando em nome dos outros, mas mantém a própria vida desarrumada. Trabalham naquilo que não gostam, não se esforçam para manter uma relação de amor prazerosa, não cuidam da própria saúde, não se interessam por cultura e informação e estão mais propensos a rosnar do que a aprender.
Com a cabeça assim minada, vão passar que tipo de tranquilidade adiante? Que espécie de exemplo? E vão reinvidicar o que?
Quer uma cidade mais limpa, comece por seu quarto e banheiro.
Quer mais justiça social, respeite os direitos da empregada que trabalha na sua casa.
Um trânsito menos violento, é simples: avalie como você mesmo dirige.
E uma vida melhor para todos? Pô, ajudaria muito colocar um sorriso neste rosto, parar de praguejar, encontrar soluções viáveis para seus problemas, dar uma melhorada em você mesmo.
Tudo o que nos acontece é responsabilidade nossa, tanto a parte boa como a parte ruim danossa história, salvo trgédias pessoais e abandonos sociais. E, mesmo entre os menos afortunados, há os que viram o jogo, ao contrário dos que viram um chato.
Antes de falar mal de Caras, pense se você mesmo não anda fazendo muita fofoca.
Coloque sua camiseta pró-ecologia, mas antes lembre-se de não jogar lixo nas ruas e usar o carro desnecessariamente.
Uma coisa está relacionada com a outra: você e o Universo. Quer salvá-lo? Garanta-se primeiro. Não se sinta culpado em pensar em si próprio. Cuide da sua saúde. Arrume o que é seu. Agora sim, estando quite consigo mesmo, vá em frente e mostre aos outros como se faz.

Martha Medeiros

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Quando Tudo começou

Nasci em 07 de Agosto de 1951.
As 20:25 minutos. Segundo uma testemunha ocular da história, estava começando "O seu reporter Esso".
Foi na ilha de Florianópolis.
É eu sou um manézinho da ilha.