domingo, 23 de dezembro de 2012

Uma janela para a Notre-Dame




A Catedral de Notre Dame, vista de uma ilha do Rio Sena
Foto: JACKY NAEGELEN / ReutersPor Martha Medeiros -Escritora e cronista

Um bistrô?
Comi muito bem no L’Epi Dupin (11 Rue Dupin).
Um café?
Gosto de passear pelo Jardim de Luxemburgo, e depois tomar alguma coisa refrescante no Café Vavin (18 Rue Vavin), ali perto.
Um almoço?
No Le Relais de l’Entrecôte (15 Rue Marboeuf), opção única no cardápio: salada verde, carne (em molho abençoado) e batatas fritas.
Um jantar?
Quando quero algo mais tradicional, escolho a Brasserie Bofinger (5-7 Rue de la Bastille), a mais bonita da cidade, em estilo Belle Époque.
Um vinho?
Um borgonha no Le Petit Pontoise (9 Rue de Pontoise).
Um museu?
O Museu Rodin, não só pelo acervo maravilhoso, mas pelos jardins e pelo prédio do antigo Hôtel Biron, onde o artista teve uma oficina.
Uma livraria?
A que fica no Palais de Tokyo, pelos livros de design.
Uma loja?
Antoine et Lili, pelos utensílios de casa. Há várias filiais na cidade. Minha preferida é a do Quai de Valmy, em frente ao Canal Saint-Martin. Gosto demais do espírito divertido e kitsch dos objetos e roupas.
Um estilo?
Os cashmeres com pegada rock’n’roll da Zadig e Voltaire e o perfume, também da grife, Le Pureté.
Paris de manhã, de tarde ou à noite?
Ao entardecer, emendando com a noite. A iluminação dos prédios e das ruas faz a gente se sentir dentro de um filme.
Um passeio?
A pé por Montmartre, partindo da Place des Abbesses, subindo a Rue Lepic, passando pela Place Marcel Aymé (e espiando escultura do homem que atravessa a parede), seguindo pela arborizada Avenue Junot, pela charmosa Allée des Brouillards (onde viveu Renoir), pela encantadora Rue de l’Abreuvoir, até chegar na Sacré-Coeur.
Um local?
Place Dauphine.
Uma vista de Paris?
Os fundos da Notre-Dame, vista da Place Jean XXIII, na Île de la Cité.
Um hábito?
Uma taça de vinho a qualquer hora no La Palette (43 Rua de Seine).
Um autor/livro?
“Longamente”, romance publicado em 2000 por Érik Orsenna.
Uma palavra/frase?
“Bonjour, madame”.
Um artista/quadro?
“Les raboteurs de parquet”, de Gustave Caillebotte. E gosto muito da série da Catedral de Rouen, de Monet: as várias telas da igreja pintadas no mesmo ângulo, com diferentes luminosidades, conforme a hora e a estação.
Uma lembrança?
Um drinque no terraço do Le Café de l’Homme (17 Place du Trocadéro), aguardando as luzes da Torre Eiffel serem acesas. Dali se tem uma visão privilegiada do maior cartão-postal parisiense.
Um desejo?
Alugar um estúdio na Rive Gauche, e passar seis meses apenas escrevendo e flanando — o clichê de todo artista.
PATINANDO NO GRAND PALAIS
Pela primeira vez em sua história, no lugar de grandes exposições e instalações, o Grand Palais cede sua imensa e nobre nave para uma pista gigante de patinação no gelo, uma alternativa ao tradicional espaço montado anualmente diante do Hôtel de Ville, a prefeitura de Paris. Adultos e crianças têm à disposição 1.800 m² de gelo para, entre tombos e piruetas, se divertir até 6 de janeiro. Há também um programa de espetáculos e animações, e vinho quente e chocolate quente para enfrentar as baixas temperaturas do inverno francês. (legrandpalaisdesglaces.com)
Hotel
Hotel Le Bristol (112 Rue du Faubourg Saint-Honoré). O estabelecimento cinco estrelas tem novo bar com décor entre o clássico e o moderno. O mobiliário tende para a elegância cosy, com lareira, e a parede atrás do balcão acolhe um imenso espelho que se transforma em tela, exibindo vídeos artísticos e de imagens de Paris. Além de coquetéis exclusivos, vinhos e champanhes de prestígio, o cardápio lista quitutes preparados pelo chef três estrelas Éric Fréchon. Nas noites de quinta-feira a sábado, o ambiente é festivo, com DJs.

La Palette - um bistro francês