quarta-feira, 23 de março de 2011

Meditar melhora rendimento escolar

Gráfico mostra melhora no rendimento em matemática após alunos meditarem/ Reprodução
Especialistas dizem que a meditação deixa os alunos mais calmos, felizes e menos hiperativos; com uma maior capacidade para se concentrarem na atividade escolar. No que diz respeito ao ambiente, nas escolas onde a técnica já foi implantada, os professores relatam menos brigas entre os estudantes, menos uso de linguagem abusiva e, de modo geral, um ambiente mais tranquilo.
Segundo Ronald Zigler, um dos autores e professor na Penn State, os resultados da pesquisa reforçam a tendência da educação com foco na mente e no desenvolvimento corporal para o sucesso escolar.
- Precisamos implementar mais programas desse tipo nos colégios públicos do nosso país, com mais esforços de avaliação - disse.
O estudo mostrou que os alunos que praticavam o programa de meditação transcendental (125, e 64 no grupo controle) apresentaram aumento significativo no rendimento em matemática e inglês no ano letivo. Pelo menos 41% dos estudantes avaliados tiveram ganho de pelo menos um nível de desempenho em matemática em comparação com 15% do grupo que não meditava, especialmente entre os alunos com mais baixos níveis de performance.
- Essa pesquisa inicial confirmando os benefícios de um momento tranquilo, da meditação, no desempenho acadêmico é uma promessa para a educação pública - disse Sanford Nidich, outro autor e professor de pedagogia na Maharishi University of Management. - Os resultados sugerem que existe uma forma fácil de implementar o programa educacional que pode ajudar meninos e meninas com menor desempenho escolar.
Estudo mostra que crianças que meditam têm mais facilidade de aprender/ Reprodução
Nos Estados Unidos, o ensino fundamental desperta grande interesse dos educadores por causa do baixo desempenho acadêmico nacional. Sessenta e seis por cento dos estudantes da oitava série estão abaixo do nível de proficiência em matemática e 68% estão abaixo do nível de proficiência em leitura, com base na Avaliação Nacional do Progresso Educacional, em 2009.
Entre os participantes voluntários, 97% eram estudantes de minorias raciais e étnicas, e o programa de meditação era praticado em sala de aula duas vezes por dia. Segundo os autores, a técnica é fácil de ser implementada e permite a mente se acalmar e se manter num estado de "alerta descansado". E a prática deste programa de redução de estresse não implica em qualquer mudança de crenças, valores, religião e estilo de vida. Outras pesquisas com estudantes indicam que a meditação alivia o sofrimento psíquico, melhora a capacidade de enfrentamento positivo, diminui da pressão arterial, os batimentos cardíacos e reduz o absenteísmo em sala de aula.

terça-feira, 22 de março de 2011

Arte ao redor da mesa nas cantinettas de Florença

FLORENÇA - Há duas maneiras certeiras e excludentes de se ficar atordoado na Toscana. Uma é sofrer a Síndrome de Stendhal, mal-estar que acomete quem é exposto ao excesso de beleza das obras do Renascimento em Florença, como a que atacou o escritor francês cujo nome batiza a sensação. Outra é pegar o caminho da roça e fazer o circuito de agroturismo pelas vinícolas - voltando com algumas garrafas na bagagem e alguns tragos na cabeça levemente despreocupada e grogue. Mas há uma terceira via, que combina algumas das marcas mais famosas da região central italiana com monumentos da Renascença: fazer o circuito das cantinettas das vinícolas Verrazzano, Antinori e Frescobaldi. Os bares que apresentam a variedade de sua produção ficam em um perímetro delimitado entre as Uffizzi e a Igreja de Santa Maria del Fiore. No meio delas, há um tour de compras e arte que pode ser entremeado com uma parada para almoço ou jantar degustando algumas das melhores marcas da Toscana.

Uma experiência histórica e gastronômica
Estátuas da Loggia dei Lanzi vistas do Palazzo Vecchio, em Florença: sugestão de passeio depois do jantar na Cantinetta Frescobaldi/Foto de Gustavo AlvesParar para comer entre uma visita às Uffizzi e a subida ao campanário de Giotto - programas obrigatórios em Florença - pode ser uma escolha menos óbvia do que indica a profusão de restaurantes e bares no Centro Histórico de Florença. Nem tanto pelo risco de cair em uma armadilha para turista - na Toscana, mesmo restaurantes que caem nesta classificação podem servir uma refeição satisfatória. Mas se você está na cidade tão importante para a pintura, a escultura, a arquitetura, a poesia e o pensamento político... vai cortar este clima pedindo uma pizza com coca-cola? Os monumentos perdem um pouco do gosto, depois de uma refeição destas. Nas cantinettas, gasta-se mais, mas nem tanto assim: o preço das refeições pode chegar perto dos 100 euros, mas dá para ser feliz gastando a metade ou mesmo 15 euros num jantar na Verrazzano com apenas uma taça de vinho - variedade significa também preços diferentes.
A sensação de manter o mergulho na História é garantida na Cantinetta Verrazzano. Dos três bares de vinícolas na área histórica de Florença, este é o menor: divide-se em duas salas onde há pequenas mesas de madeira com tampo de mármore, e armários também de madeira escura que abrigam garrafas da vinícola que começou a prensar uvas em 1170 - se formos levar em conta apenas o primeiro registro escrito sobre a Verrazzano.
Em volta, topa-se o tempo todo com a estampa de um homem barbudo metido numa armadura, nos rótulos das garrafas e em cartazes nas paredes. Ele é o orgulho náutico da família: Giovanni da Verrazzano, o navegador que descobriu Manhattan em 1524, e cujo nome batiza a ponte que liga a ilha mais importante de Nova York a Staten Island. Como os clientes nova-iorquinos são informados, quando sua origem é descoberta pelo garçom que serve a mesa, enquanto ele faz malabarismos com taças e garrafas que segura apenas pela base, sem deixar cair uma gota.
Cantinetta Antinori, em Florença: ingredientes no cardápio vêm das propriedades da família / Foto: DivulgaçãoUm ambiente menos familiar e mais formal espera quem entra na Cantinetta Antinori. Ela pode ser chamada até de estabelecimento caseiro, mas não no sentido ao qual se dá normalmente à palavra: fica no palácio do século XV que serve de residência para a nobre família Antinori. Chega-se aos seus dois salões mais amplos e com maior espaço entre as mesas por uma entrada à direita, logo depois da porta principal. Em cima, há um brasão da Corporação de Arte dos Vinhateiros, em que Giovanni di Piero Antinori, o primeiro integrante da família a produzir a bebida, inscreveu-se em 1385.
Lá dentro, não só os vinhos, mas o azeite vem das propriedades rurais da família, assim como ingredientes de seu menu, pequeno mas capaz de provocar dilemas - o que é melhor, o ragu com javali ou a salada de camarões com alcachofra? Depois de decidir e comer bem em qualquer um dos casos, desça pela direita e visite as lojas da Via dei Tuornabuoni, com Tiffany numa ponta, Ferragamo na outra, e Prada no meio.
Cantinetta Frescobaldi, perto da Piazza della Signoria: comida tradicionalPerto da Piazza da Signoria, está a Cantinetta Frescobaldi. Sua intimidade com o vinho vem de longe, desde o século XIV, e eles já tiveram como clientes o rei Henrique VIII da Inglaterra e Michelangelo. Mas o nome é mais lembrado atualmente pela sua associação com o americano Robert Mondavi na década passada. A globalização não chegou aos pratos da cantinetta: ela é especializada na culinária toscana tradicional, com pratos como ravióli de abóbora com manteiga e sálvia, tagliatelle com alcachofra e ossobuco de vitela. Reserve uma mesa para jantar, e depois, para fazer a digestão, contemple a visão noturna das estátuas em frente ao Palazzo Vecchio (lembre-se que aquele "David" é uma cópia do original de Michelangelo, que está na Galleria dell'Accademia) e da Loggia del Lanzi, como o "Perseu" esculpido por Cellini: você vai se encantar, mas abastecido do melhor da comida e do vinho toscano, já estará preparado para não sofrer com nenhuma Síndrome de Stendhal.
SERVIÇO
Cantinetta Verrazzano: Aberta de segunda-feira a sábado, entre 8h e 21h. Via dei Tavolin 18. Tel. 39 (055) 268-590. www.verrazzano.com
Cantinetta Antinori: De segunda a sexta-feira, das 12h às 14h30m e das 19h às 22h30m. Piazza Antinori 3. Tel. 39 (055) 292-234. www.cantinetta-antinori.com
Cantinetta Frescobaldi: Abre para almoço e jantar de terça-feira a sábado. Às segundas-feiras e domingos, somente para jantar. Via del Magazzini 2-4. Tel. 39 (055) 284-724. www.deifrescobaldi.it

segunda-feira, 21 de março de 2011

Passeie pelas ilhas e conheça a arquitetura da romântica Veneza em 36 horas

Sexta-feira

16h - Instalação moderna
O lado artístico de Veneza está em exposição no novo Punta della Dogana (Dorsoduro 2; 39-041-523-1680; palazzograssi.it), a antiga alfândega da cidade que foi transformada em museu, para abrigar a coleção de arte considerável do magnata dos artigos de luxo, François Pinault. Concluído no ano passado, ele foi projetado pelo arquiteto japonês Tadao Ando, que deixou intacta a estrutura do marco deslumbrante, mas criou galerias leves e arejadas para obras contemporâneas de peso. A vista da calçada é igualmente impressionante, que dá para o Grande Canal e para o outro lado, para Giudecca – atenção para a escultura “Menino com Rã” de Charles Ray, sua primeira instalação ao ar livre.
20h - Do lago para a mesa
Consternado com a reputação da cidade de altos preços e comida medíocre, um consórcio de restaurantes formou o Ristoranti della Buona Accoglienza (veneziaristoranti.it), ou Restaurantes de Boa Acolhida, com a promessa de oferecer preços transparentes, revelação plena dos ingredientes e um compromisso com as tradições culinárias. Entre os membros de destaque está o Alle Testiere (Castello 5801; 39-041-522-7220;www.osterialletestiere.it), um estabelecimento com nove mesas e de propriedade de um grupo de jovens venezianos, que serve peixes e frutos do mar locais e sazonais como o nhoque com lula e perca do mar fresca grelhada. Combine com um vinho regional como o Orto, um vinho branco feito em Sant’ Erasmo, uma ilha no Lago de Veneza. As entradas custam 25 euros, ou US$ 34, com o euro cotado a US$ 1,36, as massas a partir de 19 euros (US$ 26). Não deixe de fazer reserva.
22h - Cena dos bares
Os novos bares de hotel despertaram a vida noturna antes sonolenta da cidade. Entre os atuais pontos badalados está o PG, o bar e restaurante do recém-inaugurado Palazzina Grassi (San Marco 3247; 39-041-528-4644; palazzinagrassi.it), um palácio do século 16 que foi transformado por Philippe Starck em um design hotel. Johnny Depp esteve lá enquanto filmava “The Tourist” e uma filial do Bungalow 8 de Amy Sacco foi transferida para o lobby durante o Festival de Cinema de Veneza deste ano.

Sábado

10h - Canto moderno
Carlo Scarpa, o padrinho arquitetônico dos modernistas venezianos, está de volta à moda. Veja o motivo na Fondazione Scientifica Querini Stampalia (Santa Maria Formosa Castello 5252; 39-041-271-1411; querinistampalia.it; 10 euros), onde ele transformou o jardim e piso térreo em um paraíso modernista no início dos anos 60. No andar de cima, uma biblioteca tranquila é um ótimo lugar para ler jornal com os moradores locais nos fins de semana ou para ver a pintura “Apresentação de Jesus no Templo”, de Giovanni Bellini, uma das obras-primas pouco apreciadas da cidade.
  • Dave Yoder/The New York Times
    Moradores sitiados conseguem desenvolver uma cidade para si mesmos: um pastiche de restaurantes, bares, praças tranquilas e ilhas mais calmas e afastadas
    11h30 - Feito em pedra
    Em outro exemplo do novo impulso artístico da cidade, a Galeria de Arte Moderna Ca’ Pesaro (Santa Croce 2076; 39-041-524-0695; museiciviciveneziani.it), situada em um palacete de mármore branco do século 17, está exibindo 40 obras em aço, vidro e pedra de autoria de Tony Cragg, um escultor de Liverpool. O contraste entre as obras do século 21 e os interiores barrocos é notável, e a galeria recém-restaurada no segundo andar exibe as peças de Gragg ao lado das de Rodin. Depois dê uma caminhada pelas ruas sinuosas atrás do museu, um enclave residencial longe da agitação dos turistas.
    13h - Peixe fresco
    Dificilmente peixes e frutos do mar são mais frescos do que no Pronto Pesce (Pescheria Rialto, San Polo 319; 39-041-822-0298; prontopesce.it), um minúsculo bar aberto para a rua que fica ao lado do mercado de peixe da cidade. Os especiais mudam diariamente, mas cuscuz de peixes, anchovas com azeite de oliva e cavala marinada fazem aparições regulares, assim como pratos principais como nhoque com tinta de lula. As taças do vinho branco da casa ou garrafas como o Garda Garganega Brigaldara completam uma refeição prazerosa. Pegue um banquinho e assista o mercado encerrando suas atividades do dia. Aperitivos por 1,50 euro, massas a partir de 15 euros.
    16h - Ateliês simpáticos
    Esqueça as máscaras kitsch e a imitação de vidro Murano. As ruas que saem da movimentada Campo Santo Stefano até o Grande Canal estão margeadas por galerias singulares e pequenas butiques. A Galleria Marina Barovier (San Marco 3202; 39-041-523-6748; barovier.it) exibe peças de vidro vintage difíceis de achar e itens de artistas contemporâneos que acabam em coleções de museus. Chiarastella Cattana (San Marco 3357; 39-041-522-4369) faz toalhas de mesa, capas de almofada e edredons com tecidos sedutores próprios. Perto dali, Cristina Linassi (San Marco 3537; 39-041-523-0578;cristinalinassi.it)  oferece lingerie de seda e camisolas transparentes saídas diretamente do closet de Sophia Loren por volta dos anos 50.
    19h - Circuito de cicchetti
    O debate em torno dos melhores cicchetti (petiscos) da cidade é tão passional para os venezianos quanto política e religião. A boa notícia é que você não precisa escolher apenas um. Um passeio pode começar pelo bar da Trattoria da Fiori (San Marco 3461; 39-041-523-5310), onde artistas e moradores beliscam os bolinhos de carne e bebem copos de vinho tocai. No elegante Naranzaria (San Polo 130; 39-041-724-1035; naranzaria.it), experimente a torta leve de espinafre com um copo de vinho (muitos dos vinhos oferecidos vêm dos vinhedos do proprietário, o conde Brandolini). Perto dali, a Cantina do Mori (San Polo 429; 39-041-522-5401) é um ponto atmosférico à moda antiga que atrai uma clientela endinheirada. E Al Merca (San Polo 213; 39-346-834-0660) é a opção preferida para um spritz veneziano – prosecco, Aperol ou Campari, água com gás e uma fatia de limão ou laranja. Os cicchetti raramente custam mais de 2 euros o pedaço.
    22h - Festa al fresco
    Após o jantar, o grande Campo Santa Margherita se transforma no ponto de encontro da cidade, onde estudantes pedem um spritz ou cerveja no Il Caffè (Campo Santa Margherita 2963; 39-041-528-7998), e um público mais velho e elegante se reúne na Osteria alla Bifora (Dorsoduro 2930; 39-041-523-6119). Nas noites quentes, a praça se transforma em uma grande festa de várias gerações.

    Domingo

    10h - Massa italiana
    Junte-se aos moradores na Pasticceria Tonolo (Dorsoduro 3764, Calle San Pantalon; 39-041-523-7209) para uma bomba recheada de creme conhecida como krapfen. Você poderá ter que entrar em um empurra-empurra ao estilo italiano pelo doce querido (1 euro), que costuma já estar esgotado ao meio-dia, mas vale a pena esperar.
    • Dave Yoder/The New York Times
      Na Pasticceria Tonolo, um dos itens recomendados é uma bomba recheada de creme conhecida como krapfen
      13h - Ilha idílica
    Se você planeja um passeio de primavera, faça como os venezianos e siga para as ilhas exteriores que pontilham o lago. Entre as gemas está Mazzorbo e sua pousada com seis quartos e restaurante, a Venissa (Fondamente di Santa Caterina, 3; 39-041-527-2281;venissa.it), que fica aberta de março a novembro. Aberto neste ano pela Bisol, uma empresa italiana de prosecco, o resort deu nova vida a um vinhedo murado que data dos anos 1800. Paola Budel, a chef, que costumava cuidar do restaurante Principe di Savoia de Milão, serve peixe do lago e do Adriático, vegetais cultivados pelo próprio restaurante ou nas ilhas adjacentes; e vinhos das regiões próximas de Friuli, Veneto e Trentino. Pratos recentes incluíam figos de uma figueira próxima e caranho pescado no lago pela manhã. Almoço por cerca de 70 euros. Depois caminhe pela via principal ao longo da orla, onde uma ponte liga à ilha mais visitada de Burano, com seus prédios vibrantes em cores pastéis. As duas ilhas capturam bem o que os venezianos conhecem bem: você pode escapar das multidões em um piscar de olhos, caso esteja disposto a cruzar as águas.

    O básico

    Aberto em 2007 perto da Ponte Rialto, o Ca’ Sagredo (4198 Campo Santa Sofia; 39-041-241-3111; casagredohotel.com) fica situado em um palacete restaurado do século 15, com 42 quartos de luxo a partir de 300 euros, US$ 408, com o euro cotado a US$ 1,36.
    O Novecento (San Marco 2683; 39-041-241-3765; novecento.biz) em San Marco possui nove quartos pequenos mas um quadro excelente de funcionários, um jardim encantador e um café da manhã excelente, que está incluído no preço. A partir de 160 euros.
    Fora da agitação da ilha principal, o novo Venissa (Fondamente di Santa Caterina, 3; 39-041-527-2281; venissa.it) em Mazzorbo tem seis quartos muito bem mobiliados e serve como uma ótima base para exploração do lago. Ele fecha em 7 de novembro para o inverno, mas continua aceitando reservas para a primavera. Quartos a partir de 110 euros.

    Outras nformações:

    www.enit.it
    www.turismovenezia.it

    Lazer, prazer e ócio produtivo = Inspiração

    O que é ser bem sucedido?


    Até recentemente a ostentação de bens materiais era sinal inequívoco de sucessso. Mas isto está mudando. O carro do ano ou a casa com picina podem ter sido conquistados à custa de um cotidiano massacrante, ou de uma conduta duvidosa.


    Algumas pessoas desejam outras coisas: sobretudo tempo, autonomia e reconhecimento. 


    Uma pesquisa conduzida pela revista Sucess revelou que:



    • 62% acham que liberdade, na forma de tempo, é a melhor recompensa de uma vida de trabalho;
    • Outros votaram em "Ser feliz no amor" (vejam só...) como o símbolo do sucesso mais evidente, seguido de "Autonomia no trabalho.
    • Ser uma pessoa espiritualizada aparecem terceiro lugar. Considerando o mundo tecnológico em que vivemos...
    • Ficar mais tempo com os filhos aparece em quarto lugar. 
    O bom profissional é avaliado pelos resultados e não pelo tempo que dedica ao trabalho. Ser bom profissional, hoje, requer adaptabilidade, flexibilidade, capacidade de adquirir novos repertórios, capacidade de aprender sózinho. Em troca este tipo de talento cobra um outro tipo de recompensa: a opção de trabalhar ao menos parte do tempo em casa, participar mais da vida dos filhos, enfim uma melhor qualidade de vida. Fazendo o que gosta, dispondo de mais tempo para as pessoas que gosta, desta forma esta pessoa se nutri para produzir mais e melhor. Afinal, 95% é suor - mas 5% é inspiração e em alguns negócios é esses 5% que contam. 

    Uma relação de valores emergentes

    1. Trabalhar no Home Office - Nada impede que determinado tipo de profissional trabalhe desta forma. A tecnologia tornou isto possível. Em meu home office tenho dois acessos banda larga de 10Mg, telefone fixo e fax. Três linhas celulares, sendo duas com acesso 3g, Impressora a laser. Software para video conferência. IP fixo.  e ... vista para o mar, para a lagoa, para o sol se pondo na prainha. O que preciso mais?
    2. Ficar quanto tempo quiser com os filhos - Eu -participo de todas as reuniões da escola de meu filho, eu o levo ao dentista, eu trabalho a parte de leitura e interpretação, vamos ao cinema ao final da tarde na sexta-feira.
    3. Trabalhar em meu próprio negócio - Faço isto a 18 anos com bastante sucesso.
    4. Folgar as sextas-feiras - É um luxo que me concedo. As sextas faço um curso de líguas, pesquiso um novo rstaurante, vou a alguma exposição. 
    5. Um trabalho com causa - Estou desenvolvendo um trabalho junto ao CDI.
    6. Ser uma pessoa espiritualizada - dedico uma hora todos os dias ao estudo da Kaballa, sem nenhuma contradição com o meu credo religioso.
    7. Servir a comunidade - ainda não cheguei lá. 
    8. Viajar - para conhecer pessoas, lugares, costumes ... sem compras.
    9. Ócio criativo - não fazer nada, e mesmo assim saber que estou fazendo o melhor.
    10. Ler Fernando Pessoa, Eça, Clarisse Lispector e Machado de Assis;
    Meus próximos passos serão no sentido de rever todas as minhas atividades profissionais: estou muito mais seletivo. Pretendo trabalhar cada vez mais com consultoria e dedicar muito mais tempo a atividade de palestrante. Dividir o meu conhecimento adquirido com outras pessoas e empresas com certeza será cada vez mais energizante.

    sábado, 19 de março de 2011

    Está precisando desintoxicar da vida moderna?

    E não tem tempo, nem saco para pegar a estrada. Afinal estamos falando de pessoas que dispõem de dois dias. Vai aí uma sugestão: Mama Ruisa Hotel . De Maio a Junho é o período ideal, porque diminue o número de turistas.


    Programação:



    1. Caminhadas acompanhadas por personal traines;
    2. Refeições orgânicas preparadas pela chef Roberta Ciasca (Mian Mian);
    Há, é proibido celulares e internet. Os mais apegados são encorajados a escrever cartas com penas espalhadas pelos quartos.

    segunda-feira, 14 de março de 2011

    Sabores cosmopolitas em Nova York



    Comidas variadas em toirs gastronômicos: programa de primavera


    NOVA YORK - Duas das melhores coisas para se fazer em Nova York são passear a pé e experimentar comidas diferentes, então é natural que uma combinação de ambas seja um ótimo programa. Agora que a primavera começa a dar caras, e o clima fica um pouco mais ameno, já há alguns dias nos quais dá para vagar pelas ruas sem aquele desespero de procurar a estação de metrô ou a loja (outro dos grandes passatempos de Nova York) mais próxima. Qualquer um pode fazer isso por conta própria, mas há empresas especializadas em oferecer tours guiados, que maximizam o tempo e condensam informações que ajudam a entender a história e a diversidade étnica da cidade. Uma das boas pedidas é o New York Food Tours ( www.foodtoursofny.com ), que organiza passeios recheados de descobertas gastronômicas. O clássico é o "The original East Village food and culture tour", que percorre, em cerca de duas horas e meia, o bairro que acolheu imigrantes de todas as partes do mundo, como italianos, irlandeses, japoneses, indianos e judeus de várias nacionalidades. O circuito inclui, por um preço de US$ 49, falafel, iguarias japonesas no mais antigo supermercado da comunidade, e cannoli de uma tradicional confeitaria italiana, entre outras delícias. O passeio por Chinatown visita as variedades das cozinhas cantonesa, taiwanesa, de Xangai, de Hong Kong, em quiosques, mercadinhos e restaurantes que somente os locais conhecem. Horários e reservas disponíveis no site, que oferece ainda roteiros de bares, para chocólatras, e até a possibilidade de encomendar um tour sob medida para o seu grupo. Pelo menos a caminhada reduz a culpa pelas calorias a mais...

    Passeio: caubóis e biscoitos O High Line, parque suspenso na região de Chelsea, vai ganhar uma extensão nesta primavera, ainda sem data prevista de abertura. Uma das áreas mais badaladas da cidade em época de calor, o parque terá a partir de abril um novo tour guiado, chamado "Cowboys and cookies", organizado pela Uncle Sam's ( www.unclesamsnewyork.com ), outra empresa especializada em passeios pela cidade. O nome se explica: cowboys foi como ficaram conhecidos os homens que, montados a cavalo, controlavam o tráfego no Meatpacking District (antiga região de açougues, hoje bairro fashion de NY). E as fábricas de cookies eram outra marca registrada da área. Todas essas histórias serão contadas no tour, que percorrerá os jardins suspensos e dará dicas de restaurantes e bares de moda, a US$ 25, por duas horas.
    Exposições: música, flores, moda O Museu da Cidade de Nova York apresenta relíquias que pertenceram a Louis Armstrong, Ella Fitzgerald, Miles Davis e Michael Jackson, em uma homenagem à história do Teatro Apollo, o palco do Harlem onde tantas dessas figuras hoje míticas iniciaram suas carreiras. É um projeto do Instituto Smithsonian, uma das primeiras exposições itinerantes a sair da incubadora na qual está sendo preparado o Museu Nacional de História e Cultura Afro-americana, com inauguração prevista para 2015, em Washington D.C.. O Jardim Botânico do Bronx inaugurou sábado passado uma mostra com mais de 300 tipos de orquídeas, que vai até 25 de abril. E o Metropolitan abre dia 4 de maio exposição do trabalho do estilista Alexander McQueen, reunindo ao menos cinco coleções e reconstituindo 19 anos de carreira. 

    quinta-feira, 3 de março de 2011

    Roteiro de cinema vira roteiro de viagem


    Quem viu “Indiana Jones e a Última Cruzada”, terceiro filme da cultuada série de Steven Spielberg sobre as aventuras do arqueólogo mais famoso da história do cinema, lembrará das cenas do vaivém de um aviãozinho sobre um mapa-múndi representando os trajetos percorridos por Henry Jones Júnior, vivido por Harrison Ford, em sua busca pelo Santo Graal. Pois estes e outros trajetos e paragens retratados na ficção cinematográfica vêm sendo cada vez mais percorridos e visitados por pessoas que querem conhecer os lugares onde os filmes são ambientados. É a onda do turismo cinéfilo, um filão ora em destaque por causa da festa do Oscar.
    Seguindo os passos de Indiana Jones em sua corrida contra os nazistas pelo cálice sagrado, o turista visita Londres, Granada, Veneza e fecha o roteiro no templo de Al Khazneh, na cidade de Petra, na Jordânia, onde no filme o Santo Graal está escondido sob a guarda de um milenar e enferrujado José de Arimatéia.

    New York, New York

    Mas nem só de paragens exóticas vive o turismo cinéfilo. Ao contrário. Um dos lugares do mundo que mais apostam neste filão emergente é Nova York, cenário de clássicos como “King Kong”, “O Poderoso Chefão”, “Bonequinha de Luxo” e, claro, “New York, New York”, de Martin Scorcese.
    Nova York é também o principal pano de fundo para as comédias existenciais de Woody Allen, cujas locações compõem o roteiro do Woody Allen Walking Tour, um concorrido passeio-temático pelas ruas e prédios da cidade onde foram filmadas cenas de filmes como “Manhattan”, “Hannah e Suas Irmãs” e “Tiros na Broadway”.
    Várias agências de turismo oferecem roteiros semelhantes em Nova York. A empresa líder deste mercado na cidade é a On Locations Tour, responsável pelo concorrido roteiro New York TV & Movie Sites, que abrange ainda locações das inúmeras séries de TV exibidas em todo o mundo que têm a cidade como cenário. Existe até visita guiada ao duto de ventilação do metrô de onde saiu o ventinho que levantou o vestido de Marilyn Monroe.
    O mercado nova-iorquino de turismo cinéfilo anda especialmente aquecido em função da festa do Oscar. As agências estão oferecendo descontos nos passeios e há museus com exposições sobre filmes célebres rodados na “Big Apple”.

    007 no Pão de Açúcar

    O turismo cinéfilo vem sendo alavancado pelo site Movie Locations (http://movie-locations.com/), um sucesso absoluto na rede mundial de computadores pelo qual é possível organizar roteiros para explorar o mundo de filme em filme. No site, é possível navegar pelos títulos das obras, nomes de atores e diretores ou ir direto a um país específico e ver dicas de lugares para visitar baseados nos filmes que tiveram cenas filmadas ali.
    Clicando em “Brazil”, aparecem os filmes “Anaconda”, “A Floresta das Esmeraldas”, “Fitzcarraldo” e “007 contra o foguete da morte”, no qual o James Bond vivido por Roger Moore se engalfinha com Dentes de Aço, o vilão da vez, no bondinho do Pão de Açúcar.
    No Movie Locations pode-se ver que o reino de Gondor, de “O Senhor dos Anéis”, na verdade fica na Nova Zelândia, onde é oferecido um pacote chamado “Seguindo os Anéis”, nos moldes do turismo cinéfilo de Nova York. E que tal um giro pela Europa com destinos escolhidos com base nas viagens-relâmpago de Jason Bourne pelos quatro cantos do continente em sua busca frenética para descobrir sua própria identidade?