sábado, 30 de abril de 2011

A cozinha peruana está com tudo em Buenos Aires


Causas de lagostins, especialidade do restaurante M Buenos Aires / Foto: Divulgação

BUENOS AIRES - Assim, meio de repente, o ceviche entrou na moda. Não só ele. Já fazem parte do vocabulário gastronômico cotidiano dos brasileiros palavras como causas e tiraditos, duas outras especialidades da culinária peruana, que está em alta não só no Brasil, mas no mundo todo. Sem falar na quinoa, no ají, nas batatas e nos milhos multicoloridos... Ainda que o ceviche tenha virado uma espécie de petit gâteau, receita encontrada em muitos cardápios da cidade, a cozinha peruana é uma novidade relativamente recente por aqui. Mas os nossos >ita


Há pelo menos cinco anos a cozinha peruana é um dos maiores tópicos nos guias de restaurantes da capital argentina. Só em Buenos Aires, são mais de 40 endereços dedicados à gastronomia do país de Mario Vargas Llosa - nenhuma outra especialidade, que não seja a tradicional parrillada, tem tantos representantes assim. E este número não para de crescer. Alguns dos melhores restaurantes da cidade, como o Osaka, o Sipan, o Francesco e o M Buenos Aires, são dedicados à gastronomia peruana ou nipo-peruana.
- O movimento de comida peruana está em alta. Hoje em dia, há muitos restaurantes dessa especialidade em todos os níveis de preço, dos mais simples e populares até os muito caros e sofisticados. Essa onda começou já faz algum tempo, mas ganhou evidência nos últimos cinco anos - diz o peruano Daniel Delgado, chef e dono do restaurante portenho M Buenos Aires, um dos melhores da especialidade no país.
Numa cidade tão apaixonada pelos sabores peruanos, não poderia faltar uma filial do restaurante do chef-celebridade Gastón Acurio, o embaixador do cozinha de seu país, dono de um império gastronômico com algumas dezenas de casas espalhadas pelo mundo. Além de receitas tradicionais usando ingredientes peruanos, Gastón também explora a matéria-prima local. No cardápio, há uma seção dedicada "à horta, à granja e ao mar da Argentina". Nela são listados pratos criativos e diferentes, como o assado de tira lentamente cozido em suco de chicha morada (bebida à base de milho vermelho) e servido com polenta, misturando influências argentinas e andinas.
Assim como o Osaka e o Astrid y Gastón, o Francesco nasceu em Lima. Depois de abrir uma filial em Coral Gables, na Flórida, a marca chegou a Buenos Aires. A cozinha é mais criativa que a média desta especialidade, apresentando receitas que fogem da fórmula causa-ceviche-tiradito, como o linguado ao conhaque com molho agridoce de mostarda e soja, o arroz negro de vieiras e lulas com ricota salgada e o ravióli de centolla com creme de pimentão vermelho.
Há vários outros bons lugares para explorar essa rica gastronomia, como Bardot Nueva Cocina Peruana, Peru Deli, Pozo Santo, Páru, Inkas Sushi & Grill, Ceviche, Mosoq e Moche, todos em Palermo, bairro que deve ter pelo menos uns 15 restaurantes peruanos, entre eles os já citados Astrid & Gastón e Francesco.
Sipan: Paraguay 624 (esquina com Florida), Centro. Tel. (11) 4315-0763. www.sipan.com.ar
Francesco: Sinclair 3.096, Palermo. Tel. (11) 4878-4497.
M Buenos Aires: Balcarce 433, San Telmo. Tel. (11) 4331-3879. www.mbuenosaires.com.ar
Osaka: Soler 5.608, Palermo Hollywood. Tel. (11) 4775-6964. www.osaka.com.pe
Astrid y Gastón: Lafinur 3.222, Palermo. Tel. (11) 4802-2991. www.astridygaston.com

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