quinta-feira, 18 de agosto de 2011

GRITA BRASIL Dilma, a piadista!



E eu que pensei que era só o Lula o homem das piadas sem graça. Vai ver faz parte da herança maldita deixada por ele.
E vocês que (ainda) amam o PT, o Lula & Cia e, claro, a Dilma, não venham me dizer que sou o louco e o cego que não consegue ver a dimensão desse ato (insano) e que a presidenta Dilma está mais do que certa em vetar o aumento real para as aposentadorias.
Afinal, para que aumento real para os aposentados? Com base em quê? Para quê? Vamos repor a inflação e olhe lá. Eles não podem reclamar. Até porque quando votamos pelos nossos próprios aumentos a coisa muda de figura. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. E é bom que fique claro que vocês são a outra coisa. E nós, a coisa. Que coisa isso né?
Será então que é como diz a música, jogue suas mãos para o céu e agradeça…. Agradecer o quê? Agradecer por eles continuarem se achando deuses de Brasília e nós “isso aí mesmo”?
É sempre assim. Para votar o salário mínimo é aquela discussão, dias votando, dias pensando, dias calculando e sempre chegando à mesma conclusão. Aumento real: NÃO! E com os aposentados não seria diferente.
“É que falta dinheiro…”. Aliás, eles não têm dinheiro. O saco tá furado. E nem pense em achar que eles iriam mexer na parte que eles usam para desviar. Isso é sagrado. Nesse não se mexe.
O mais triste da história é que já havia um acordo. Entre Dilma, as bases aliadas e a oposição. E ninguém falou nada. Será que é medo da Dilma? Corre a boca pequena que ela é brava como um leão. Ou melhor, uma leoa. Se bem que acho que ela está mais para outro bicho.
Abafa o caso.
Só acho que não se pode abafar o fato do pastor Wladimir Furtado, um dos apanhados na Operação Voucher, ter usado um cheque sem fundos para pagar a sua fiança e sair da prisão. Já pensou se ele usa um cheque “Furtado”? Rá, rá, rá. Tá rindo? Mas é triste isso. Será que ele não teria que voltar para a prisão então até acertar a conta desse cheque? Sem falar que passar cheque sem fundos é crime também. E ele cometeu um crime para sair da prisão. Ele é na verdade um caso não raro de “171” ao quadrado, bicho que anda aparecendo mais que cupim ultimamente em Brasília. Ele deveria ser preso então duas vezes.
Só que foram mais de duas vezes que o ministro Wagner “Blindado” Rossi, da Agricultura, se utilizou de um jatinho de empresa que tem negócios com o ministério. Até aí tudo bem? Tudo mal! Pô, mas os opositores de quem acha isso um absurdo vão dizer que foi “só uma simples carona”. E, segundo o ministro, foram “poucas vezes”. Só que poucas é plural e isso não fica bem para a imagem de um ministro. Não é mesmo Rossi?
Ou será que agora você vai dar uma sumida como fez seu colega Pedro Novais, do Turismo, e ver se a poeira abaixa e surge outro ministério para chamar a atenção e desviar o foco de todos? Tudo bem que ele apareceu agora dizendo que sua gestão é transparente e que ainda criou uma força-tarefa para checar os contratos. Mas se essa força é gente dele, tá tudo em casa. E se está tudo em casa, tá tudo limpo.
E por falar em limpeza, os senadores lançaram frente de apoio à faxina de Dilma. É realmente lindo isso tudo, só temos que saber se eles vão (realmente) ser e o quanto vão ser transparentes em nos dizer que tipo de detergente eles vão usar. Se só um genérico ou se vão usar creolina que é para (tentar) exterminar qualquer resquício dessa necessidade de se produzir um escândalo por metro quadrado. Ou será por ministério quadrado?
É totalmente quadrada à posição do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que procurou o presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, pedindo que ele acione o Conselho Nacional de Justiça para investigar e, se for o caso, punir o vazamento de fotografias de seis detidos na Operação Voucher. Na foto, os presos aparecem sem camisa e segurando um cartaz com seus próprios nomes: o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva Costa; o secretário de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins; o ex-secretário executivo da pasta Mário Augusto Lopes Moysés; e o diretor-executivo da Ibrasi, Luiz Gustavo Machado, dentre outros. Só tem fera. Mas para o ministro José Eduardo Cardozo, o fato é uma humilhação a mais e uma situação ofensiva à dignidade humana. Mas, vem cá, o que eles fizeram não é?
Eles deveriam ficar preocupados é com outra coisa e não com a foto. A foto em si é somente a representação metafórica do que fizeram. E para bom entendedor basta. Nem é preciso escrever. Mas se for facilitar um pouco esse entendimento e para meu chefe não enfartar com o que eu pensei em escrever, seria algo como “olho por olho, dente por dente”.
Se bem que não tinha ninguém sorrindo na foto. E com relação aos olhos, estes estão começando a ser abertos.
Assim espero. Assim esperamos. Se for para um Brasil melhor, que seja assim.


 Por Claudio Schamis

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